Entre integrantes da Ascap, Roosevelt, do Movimento Maria Cláudia pela Paz, entregou 20 cestas de alimentos para doação |
Waleria Pontes: voluntária que ajudou na montagem das cestas |
Diante da situação, na terça-feira (7/4), a Ascap recorreu às redes sociais (Facebook, Twitter e WhatsApp) e solicitou a quem pudesse doar uma cesta de alimentos para repassar às pessoas que pediam ajuda. O jornal Correio Braziliense, mais uma vez, se mostrou parceiro de primeira hora das causas humanitárias. Além de divulgar o nosso apelo pelo site, alguns amigos da Ascap que trabalham no jornal fizeram doações em dinheiro. (https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2020/04/07/interna_cidadesdf,842970/ong-arrecada-doacoes-de-alimentos-para-desempregados.shtml).
O Movimento Maria Cláudia pela Paz, parceiro fiel e que muito tem colaborado com as ações da Ascap, não perdeu tempo: doou 20 cestas de alimentos, com o cuidado de acrescentar biscoitinhos de chocolate, lembrando que, na Páscoa, as crianças da periferia também merecem degustar uma guloseima icônica da data.
A empresária Daniela Ricci, dona da loja Pisotec, em Ceilândia, mobilizou amigos que, generosamente, também contribuíram com dinheiro. No fim, além dos produtos para 20 cestas, foram arrecadados R$ 630, que permitiram comprar mais cinco cestas de alimentos, e agregar latas de sardinhas, produtos de higiene pessoal (sabonetes, pastas e escovas de dente) e material de limpeza (sabão e água sanitária). A despensa, até então absolutamente vazia, hoje tem mais três cestas para atendimento emergencial para quem bater à porta.
Para evitar aglomeração, em respeito à orientação das autoridades de saúde, que fazem uma campanha pelo distanciamento social e, assim, reduzir a propagação do vírus, a maioria das cestas foi entregue na residência das pessoas e o restante em um ponto central do Setor Habitacional Sol Nascente. Para isso, a entidade contou com as voluntárias Delfina, Sandra Rita e Waleria Pontes, que também organizaram as cestas e os kits de higiene e material de limpeza.
Pandemia
Desde o início da crise provocada pelo coronavírus, a Ascap, com sede no Setor O, de Ceilândia, suspendeu suas atividades, seguindo a orientação das autoridades de saúde para que fizéssemos o isolamento social. Mas restou a preocupação com as famílias que são beneficiadas com o programa de doação de alimentos. Estamos numa área onde a insegurança alimentar é muito presente na vida de centenas de famílias. No fim de fevereiro, foram doados quase 300 quilos de produtos alimentícios às famílias cadastradas — 12 no total.
Com o agravamento da crise, em 26 de março, foram distribuídas 17 cestas, cinco a mais devido à emergência imposta pela nova realidade vivenciada pelo país — foram 272kg de alimentos. A maioria desses alimentos foi doada pela Igreja Messiânica da 315/316 Norte, antiga parceira da Ascap, que doa centenas de quilos de produtos alimentícios ao longo do ano. A igreja reconhece a importância do trabalho da instituição, voltado às famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica, residentes no Setor Habitacional Sol Nascente e na Expansão do Setor O, e em outros pontos de Ceilândia.
No fim do mês passado, a despensa da Ascap estava completamente vazia. Em contrapartida, chegaram à instituição pedidos, principalmente de mulheres — empregadas domésticas, diaristas, ambulantes, cuidadoras de idosos, manicures e outras atividades — que ficaram desempregadas. Ou seja, perderam a fonte de renda para o sustento da família.
O sábado de aleluia trouxe alívio, mas a diretoria da Ascap está preocupada com o próximo mês. As autoridades alertaram para a a tendência de agravamento da epidemia. Mais uma vez, teremos que socorrer as famílias cadastradas e também as que não têm cadastro, mas sentem fome.
Bazar
A única fonte da renda da Ascap é o Bazar Solidário, sempre no segundo sábado de cada mês. Impossibilitada de promover o bazar, por causa da epidemia, o caixa da instituição está muito baixo. Não dispõe de recursos financeiros para arcar com as despesas das cestas de alimentos. Por isso, espera e conta com o espírito fraterno das pessoas. A instituição compreende que muitas outras organizações da sociedade civil estão empenhadas em fazer a mesma coleta de donativos para atender suas clientelas, e as parabeniza pelo gesto, pois entende que "solidariedade é atitude" em benefício dos mais desfavorecidos.
Saúde mental
Mas a expressão de solidariedade da Ascap não fica só aí. A psicóloga Brenda Fraz, da equipe da Psicologia Solidária da Ascap, segue atendendo seus pacientes e quem mais precisar ajuda por se sentir pressionado pela angústia, tristeza, insegurança e medo causados pelo isolamento social, por meio on-line (skyp, telefone, WhatsApp). Quem necessitar de conforto e apoio psicológico para vencer a travessia deste momento adverso pode entrar em contato com a Brenda, por meio do telefone (61) 99124-2782.
ENTREGA DE CESTAS: IMAGENS
ASCAP
EQNO 1/3, Lote A, Áreas Especial, Setor "O", Ceilândia Norte
WhatsApp: (61)9 9289-8079 (contato para informações e doações)
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