Entre o fim de abril e ontem (23/5), com a ajuda de colaboradores e amigos, a Ascap distribuiu mais de duas toneladas de alimentos a famílias em situação de vulnerabilidade social e econômica
Crianças do Sol Nascente se divertem com os brinquedos doados à Ascap. As famílias estão no cadastro das cestas de alimentos |
“Obrigadooo, Ascap!”. Emocionante o agradecimento de um pequeno grupo de crianças, do Setor Habitacional Sol Nascente, em vídeo (assista)) e enviado, por WhatsApp, à Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua (Ascap). Nas mãos, elas tinham brinquedos que receberam na tarde de sábado (23/5), quando a instituição fez mais uma distribuição de cestas de alimentos às famílias que estão enfrentando mais dificuldades para sobreviver, devido à pandemia do coronavírus.
Apesar da crise epidemiológica que enluta o coração dos brasileiros, frente ao elevado número de infectados e mortos pelo vírus, o sábado foi, excepcionalmente, gratificante para dirigentes e voluntários da Ascap. A alegria das crianças, o sorriso no rosto coberto por máscaras de proteção era manifestado pelo brilho no olhar da maioria que, desde cedo, estava na sede da instituição, organizando nos carros as cestas a serem entregues na residência das famílias dos cadastrados.
Demanda
Antes da crise epidemiológica, a Ascap tinha 12 famílias cadastradas. Hoje, são 40 — 28 a mais — que buscam o auxílio da instituição para sobreviverem. O emprego foi perdido para muitas delas. Entre o fim de abril e sábado (23/5), a Ascap doou, com a inestimável ajuda de doadores e parceiros, 2.250 quilos de alimentos e produtos de higiene pessoal (sabonete, pasta e escovas de dentes) e doméstica (sabão líquido e em barra e água sanitária). No total, foram 75 cestas, nesse período, entre cadastrados e atendimentos emergenciais.
Entre os beneficiários, as mulheres são maioria, mas há, também, chefes de família que perderam o emprego e a capacidade manter o sustento do lar. Grande parte mora do Sol Nascente, Expansão do Setor O, em várias quadras de Ceilândia Norte, mas há quem reside em outras regiões administrativas, conhecem a Ascap e pediram ajuda em meio à adversidade.
“Nunca vi uma Ascap tão movimentada”, comentou, com alegria, a tesoureira, Adriana Leitão, responsável por fazer os recibos, levados pelos voluntários para colher a assinatura de quem recebeu a cesta alimentos. A alegria da Adriana, compartilhada por todos, é resultado da generosidade e da sensibilidade de muitas pessoas parceiras e amigas da Ascap. São gente que gosta de gente e se colocam no lugar do outro e sentem a dor de quem não tem um grão de comida para si e para os filhos.
Gente solidária
As ações a Ascap, ao longo de maio, só foram possíveis graças às doações de Carmen Gramacho, do jornalista Vicente Nunes, do artista e presidente do Comitê Nacional de Vítimas de Violência (Convive), Francisco Régis, da administradora e dirigente espiritual do Centro Espírita Caminheiros de Santo Antônio de Pádua, Creusa Braga, da professora Renata Alves Saraiva de Lima (escute o depoimento), dos seus colegas do Centro Interescolar de Línguas de Ceilândia (CILC), do empresário e seus colaboradores do Varejão Capital, instalado na QNM 3, da Distribuidora Bahia, em Taguatinga, na CND 2 da Comercial, que, a cada 15 dias, oferece miúdos de frango às famílias. A Rede Urbana de Ações Sociais (Ruas) também contribuiu para as cestas, com kits de higiene pessoal, leite em pó e sandálias para crianças.
As voluntárias — Sandra Rita, Valéria Pontes e Delfila —, além de organizar, levam as cestas à casa das famílias, para evitar aglomeração de pessoas, com bem recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS) e autoridades médicas. No Sol Nascente, a Ascap conta com trabalho da voluntária Flávia Moreira, que tem se dedicado às famílias da localidade e prestando enorme colaboração na identificação de famílias que realmente precisam de ajuda. Ela está sempre presente nas oficinas e rodas de conversas.
Não fosse a colaboração de amigos e doadores, a Ascap, sobretudo, as famílias atendidas, não seria possível garantir alimentos às cadastradas e àquelas que recém chegaram à instituição. Desde o início da pandemia, não foi possível realizar o Bazar Solidário, única fonte de renda da Ascap. Dessa forma a Ascap só tem uma palavra para os colaboradores: gratidão, ao tempo que deseja muita saúde para todos.
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