Mulheres do Sol Nascente e da Expansão do Setor "O", além diretores da Ascap, na última Roda de Conversa de 2019 |
O público foi bem menor do que as edições passadas da Roda de Conversa Bem Mais Mulher — Eu faço meu destino, mas não menos produtivo. "Foi uma das melhores rodas que tivemos", avaliou Marcelo Fernandes, representante do Comitê Nacional de Vítimas de Violência (Convive), presente ao encontro para um informe sobre o Projeto-piloto M+H: Jovens pelo Fim da Violência, para o qual a Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua (Ascap) foi selecionada, com mais quatro organizações não governamentais, pelo Instituto Promundo.
O Promundo é uma instituição brasileira, fundada em 1977, e reconhecido pela promoção da equidade de gênero e do combate à violência contra mulheres e crianças, por meio do desenvolvimento de tecnologias sociais, sempre promovendo a ideia de uma sociedade mais justa e igualitária, livre de estereótipos de gênero.
O projeto M+H deverá ser desenvolvido durante oito meses, a partir de fevereiro. Durante este tempo, deverão ser realizados cinco workshops e três atividades culturais, reunindo 30 mulheres e 40 jovens, na faixa de 16 a 21 anos. A meta é atingir 520 pessoas em 2020, com a formação de produção cultural, visando a construção de territórios saudáveis, no processo de educação por uma cultura de paz.
As atividades serão financiadas pelo Promundo, que tem como parceira a JSB Capacitações, braço e formação técnica e desenvolvimento gerencial da JSBrasil Consultoria, cuja missão é provar que o investimentos social dá retorno aos investidores sociais do setor empresarial.
Dor da alma
Sob a coordenação da terapeuta comunitária integrativa Helenice Figueiredo, as participantes da Roda conseguiram expressar seus sentimentos e angústias, provocados pelas dificuldades do dia a dia. O desemprego e a carência de recursos para ter uma vida mais digna são causa de muitas das dores que as afetam. Ao fim de pouco mais de uma hora de oficina, os abraços trocados entre as participantes foi uma clara expressão de alívio para as dores da alma que sentiam na chegada à roda de conversa. Às participantes foi oferecido um saboroso lanche e distribuídos alguns brindes doados para o encontro, como sandálias, copos, cremes, num clima de alegria e confraternização.
Uma das opções para atenuar as dificuldades é a oferta de atividades produtivas, que permitam às mulheres obterem renda para elevar os ganhos família. A maioria dos homens, com pouco capacitação profissional, enfrentam dificuldades para ganhar dinheiro garantir, minimamente, o sustento da casa. O lado real da crise que afeta cerca de 13 milhões de brasileiros desempregados é deprimente e causa profunda dor na alma, sobretudo de mulheres que não enxergam perspectivas de mudanças a curtíssimo prazo.
Hoje, a Ascap está empenhada em ampliar suas instalações, por meio da construção de um galpão que ofereça condições para a realização de oficinas, como corte e costura, artesanato e outras, que poderão resultar em mercadorias a serem comercializadas pelas mulheres e também pelo Bazar Solidário. As mulheres, em sua maioria, veem a proposta como boa opção para elas, uma vez que precisam dar conta das atividades domésticas, o que seria dificultado se tivessem um emprego formal. A próxima roda de conversa deverá ocorrer entre meados e fim de janeiro, quando terminará o recesso da Ascap. A data será acertada com o grupo e divulgada pelo WhathsApp e pelas redes sociais.
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