Ascap reafirma seu compromisso com a educação para a cultura de paz
Workshop Cuidando do Cuidador: participantes foram sensibilizados pela importância do Projeto M+H
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Sábado, 15 de fevereiro, foi uma data memorável para a história da Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua (Ascap). Diretores e convidados mostraram estar engajados e compromissados com execução do Projeto-piloto M+H: Juventude contra a violência, durante o workshop Cuidado do Cuidador. No encontro, a proposta foi detalhada pelo jornalista e historiador Marcelo Fernandes, do Comitê Nacional de Vítimas de Violência (Convive).
O projeto, patrocinado pelo Instituto Caixa Seguradora, será orientado pela tecnologia social para equidade de gênero M (mulher) + H (homem), desenvolvida pelo Instituto Promundo, organização não governamental, com sede em Brasília. O termo de parceria, entre Promundo e Ascap, terá duração de um ano, a partir de fevereiro deste ano.
Na Ascap, projeto M+H envolverá dois públicos: jovens de 16 a 21 anos, e mulheres, entre 18 e 60 anos. Para o primeiro grupo (jovens), será ministrado o curso de Produção Cultural — Territórios Saudáveis, que vai incorporar as tecnologias sociais descritas e testadas nos cadernos M(mulher) e H(homem).
Durante o curso, os jovens vão desenvolver atividades que permitirão introduzi-los no mercado de trabalho, mas a rever também condutas e comportamentos, com base nos ensinamentos da cultura de paz. Isso implica ressaltar a importância do respeito aos diferentes gêneros.
“Não importa se o rapaz ou a moça, ao sair do curso, vai para uma festa ou para um bar com amigos ou com a namorada. O importante é que ele não se que envolvam em briga ou confusões, mas que voltem para casa em paz”, explicou Marcelo Fernandes. Ele esclareceu ainda que o aporte financeiro do projeto permitirá aos jovens, organizados em grupos, colocarem em prática a teoria sobre produção de eventos, desde o planejamento até a execução.
Os cadernos do Promundo também serão usados para dar novo perfil à Roda de Conversa Bem Mais Mulher — Eu faço meu destino, uma atividade realizada pela Ascap, desde novembro de 2017. Ela surgiu a partir dos relatos sobre violência (estrutural, urbana, doméstica e outras das suas expressões), que comprometia o bem-estar físico e emocional das mulheres. Em todas edições, quase sempre com o apoio de terapeuta comunitária integrativa, a roda se tornou um espaço de fala para as participantes.
A nova etapa terá como prioridade estimular as mulheres a atividades produtivas, que elevem sua capacidade de renda. Mais: oferecer a todas informações sobre seus direitos. Embora tenham noção que há legislação específica que as ampara, boa parte não tem compreensão de como usufruir dos seus direitos. Assim, algumas ficam reféns, por falta de dinheiro, amparo familiar e dependência emocional, de um companheiro violento, correndo o risco de ser mais uma vítima de feminicídio.
O encontro foi encerrado com uma dinâmica conduzida pela terapeuta comunitária Helenice Figueiredo. O exercício mostrou que os participantes estão, efetivamente, comprometidos com o desenvolvimento do projeto e empenhados em construir as mudanças necessárias nas atividades desenvolvidas pela Ascap. As expectativas do grupo se revelaram positivas, num clima de muito otimismo para 2020. Assim, o workshop alcançou seu principal objetivo de cuidar daqueles que serão os cuidadores de pessoas atendidas pelo Projeto M+H e também de outras ações da Ascap.
Participantes do encontro:
Valéria Mesquita Paz de Sousa, presidente da Ascap
Adriana Leitão, tesoureira da Ascap
Rosane Garcia, secretária da Ascap
Marcelo Fernandes (Convive)
Helenice Figueiredo, terapeuta comunitária integrativa
Professora Wanda Pontes
Professor José Joaquim Jr.
Robert Newton, psicólogo
Sandra Rita Pontes, voluntária
Sumara Canzi, estudante de direito e integrante da equipe de comunicação da Ascap
Parabéns aos envolvidos neste importante projeto. Desejo sucesso e força para que consigam ajudar as mulheres e aos jovens desta cidade. Abraço
ResponderExcluirQue iniciativa espetacular... parabéns!
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