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Equidade de Gênero: Brasília, uma cidade insegura para a mulher

O Distrito Federal é a segunda unidade da Federação em número de casos de violência doméstica e feminicídio e ocupa a quinta posição em número de estupros


Link da Roda de Conversa

Ser mulher no Brasil — e na maioria dos países — é um risco permanente.  A legislação específica contra a violência por gênero — Lei Maria da Penha e a do feminicídio — inibiu muito pouco as agressões contra as mulheres no país, embora sejam instrumentos importantes para conter a impunidade. O 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, recém-divulgado, mostra que Brasília é a segunda capital com o maior número de casos de violência doméstica e feminicídio, e a quinta em número de estupros. Na capital federal, foram registrados, em 2019, 16.549 casos de agressões no ambiente familiar, aumento de 7,1% na comparação com 2018. Ocorreram 33 feminicídios ante os 28 casos no ano anterior. Brasília fica atrás só de São Paulo, com 44 ocorrências em 2019. Aumentaram também os casos de feminicídio: 33 contra 28 em 2018.Em relação aos estupros, o DF registrou 756 casos, atrás de São Paulo, com 2.663. 

Os números, sabe-se, são subnotificados. Muitas vítimas ainda não têm coragem de denunciar as agressões, seja no âmbito doméstico, seja a violência sexual. Temem as possíveis retaliações dos agressores. Apesar dos tristes dados, em Brasília e em outras unidades da Federação, começaram a surgir grupos de homens que passam a discutir e a questionar a violência contra a mulher, uma insanidade descabida e incompatível com os valores civilizatórios do século 21.

Há poucas semanas, a equipe da Ascap, responsável pela execução do Projeto M+H: Jovens contra a violência, promoveu uma Roda de Conversa com o psicólogo Rafael Gonçalves, integrante do Conselho Regional de Psicologia, coordenador do Grupo Masculinities que, entre outros assuntos, debate o machismo, a masculinidade tóxica, gatilhos da violência doméstica e outras agressões contra as mulheres. 

Participaram da roda de conversa, a presidente da Ascap, Salvelina Pereira Roldão Cabral,  o comunicólogo institucional Marcelo Fernandes, o jornalista e poeta Vinicius Borba, a terapeuta comunitária integrativa Helenice Bastos, o psicólogo Adilson Costa, a secretária da Ascap e jornalista, Rosane Garcia. No encontro, Rafael revela um pouco dos debates que os homens brasilienses vêm realizando e o empenho que têm em reverter esse quadro de violência contra as mulheres.

O Projeto M+H tem o apoio dos institutos Caixa Seguradora e Promundo, que tornou possível o desenvolvimento de atividades virtuais pela Ascap. As ações presenciais, constantes do Plano de Ação da ação social para 2020 foram postergadas devido à pandemia do novo coronavírus. A saída, então, foi apelar para os encontros virtuais e, assim, produzir um acúmulo de informações que tratam da equidade de gênero, tema central do projeto.

Para assistir à série de entrevistas e lives que foram produzidas acesse e inscreva-se no canal da Ascap no Youtube: ascapbsb.

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