Equidade de gênero na periferia

A precariedade das condições de vida dos moradores da periferia torna real as desigualdades sociais e econômicas de grande parcela da sociedade. Na luta pela sobrevivência, as mulheres levantam muito cedo para trabalhar e dormem muito tarde. Além do trabalho, elas têm as tarefas domésticas: lavar, passar, cozinhar, limpar, cuidar dos filhos e do marido ou companheiro. Um tripla e desgastante jornada. O esforço, na maioria das vezes, não reconhecido. Ela ainda corre o risco de ser a próxima vítima de violência dentro ou fora de casa.

Não há como discutir equidade de gênero, sem a percepção dessa dura realidade de milhares de mulheres. Os homens, muitas vezes, autores das agressões, também precisam ser vistos com outro olhar. Eles são, igualmente, afetados pelas dificuldades do dia a dia, num ambiente sem acesso a serviços e a políticas públicas que poderiam garantir bem-estar para ele e para a família. Esse caldo de iniquidades afeta a saúde física, mental, emocional e leva reprodução de mais violência.

Para debater sobre Equidade de gênero na periferia, a equipe do projeto M+H: jovens pelo fim da violência, apoiado pelos institutos Caixa Seguradora e Promundo, convidou a socioeducadora Sara Reis, professora de dança, capoeirista, coreógrafa, produtora e gestora cultural e com larga experiência em atividades com mulheres que vivem nas bordas da capital federal. Ela reside em São Sebastião, uma cidade da periferia do Distrito Federal, carente de investimentos sociais, mas com muita efervescência de manifestações culturais.

A segunda convidada é a professora de arte da rede pública em Aracaju, capital de Sergipe, Rosane Bezerra, licenciada em artes cênicas pela Universidade Federal de Pernambuco, bacharel em direito pela Universidade Tiradentes, também em Pernambucos, com especialização em docência do ensino superior e em gênero e sexualidade na educação pela Universidade Federal da Bahia, além de ser mestre em direitos humanos pela Universidade Tiradentes. Ela recorre ao Teatro do Oprimido como metodologia para práticas de arte-educação. Desde 2017, ela pratica pole dance e tem interesse pelas vertentes artísticas e teatrais dessa dança.

Assista, a partir das 13h,  à entrevista, deixe seu comentário e se inscrever no canal da AscapBSB no Youtube.

 

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