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Na crise, vamos tecer uma opção de renda na periferia

Link para cadastramento/matrícula:
https://forms.gle/ZPqUdH4ZkHUNnfH4A

Em meio à pandemia e apesar do agravamento diário da crise na saúde, a equipe da Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua (Ascap) segue trabalhando, preocupada com o aumento do desemprego e as dificuldades que as famílias vêm enfrentando. Muitas mulheres, que tinham renda por meio de atividades temporárias ou eventuais, estão entre as que foram afetadas pela epidemia e, hoje, pouco ou nada têm para se manter — uma dificuldade também enfrentada pelos homens. 

Mas não é só a covid-19 que motiva a equipe a buscar opção para mulheres, homens e jovens. É o compromisso da Ascap com a comunidade de periferia, que vive à margem das políticas públicas e nem sempre (quase sempre) lembrada pelo poder público. Assim, a Ascap recebeu de braços abertos o projeto Tear Social, que visa implantar um Arranjo Produtivo Local no ramo da confecção e vestuário, construído pelas irmãs Vilma e Suzete Cunha. Vilma é pedagoga, e a designer de moda Suzete (mais conhecida como Suzy, anos atrás, participou da Ascap), que, até recentemente, formava a equipe da Fábrica Social, instituição governamental.

O primeiro passo do projeto é a oferta de um curso de corte, costura e modelagem, com início previsto para abril próximo — a data está condicionada à situação sanitária do DF, de modo geral, e de Ceilândia, em especial.

O ramo da confecção de vestuário é um dos caminhos disponíveis, inicialmente, para elevar a renda individual e familiar dos candidatos. Levantamento preliminar, com base no cadastro das pessoas interessadas em fazer o curso, mostra que 27,3% estão desempregadas, 13,6% procuram emprego, 22,7% são autônomos. Ou seja, os dados mostram que a maioria busca uma opção de trabalho e renda. Interessante ainda que a maior parcela dos interessados no curso está disposta a trabalhar em regime associativista. 

Essa opção está muito afinada com as etapas do projeto que, ao longo do seu desenvolvimento, distribui em células as várias fases da produção de mercadorias próprias do ramo de confecção e vestuário. O intuito maior é garantir renda para as pessoas, com a possibilidade de trabalharem em casa (home office), evitando que se exponham à contaminação pelo coronavírus e outras infecções semelhantes e, ao mesmo tempo, tenham tempo para cuidar da família.


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