Curso de costureira: emoções com café quentinho

As aulas começarão em 4 de abril. Serão três aulas,
com duração de três horas, por semana

No primeiro encontro, participantes deram belíssimos depoimentos de superação

Café quetinho com pão de queijo e muitas histórias emocionantes de mulheres desejosas de alinhavar um novo caminho para a sua vida. Assim foi o primeiro encontro, promovido pela AscapBsb, na tarde de sábado (12/3), com  grupo de mulheres inscrito ao  curso de costura, uma das ações do projeto Fortalecimento do Protagonismo Social. No cenário, as máquinas de costura, algumas doadas e outras emprestadas à AscapBsb pela Casa Rosa, entidade de assistência ao público LGBTQIA+, de Sobradinho. A exibição dos equipamentos foi outro elemento de motivação do grupo. 

A professora Suzete Cunha, carinhosamente chamada de Suzy, anunciou que as aulas começarão em 4 de abril próximo. As aulas serão pela manhã, das 9h às 12h, as segundas, quartas e sextas-feiras.  Para as participantes, com dificuldade de frequentar as aulas nesses dias e horário, ficou acertado que Suzy e a direção da AscapBsB tentarão, o mais rápido possível, encontrar uma solução para que possam fazer o curso de costura. Muito em breve, deverá ser anunciada a alternativa ao grupo. 

Suzy exibiu um conjunto de bolsas, produzidas com algodão cru e decoradas com crochê, fuxico e pintura. A ideia é  produzir mais bolsas para que sejam, rapidamente, colocadas à  venda, a fim de que todas participantes dessa primeira turma do curso ganhem algum dinheiro. A ideia entusiasmou o grupo. Cada participante levou para casa  uma tarefa: transformar linhas e retalhos em fuxico, bordados, peças de crochê para serem aplicados na bolsa e, assim, dar originalidade ao trabalho.

A maioria das participantes está desempregada ou impossibilitada de buscar a inserção no setor produtivo, seja pela idade, seja por não ter com quem deixar filhos e netos. A oportunidade de trabalhar em casa e, ao mesmo tempo, ter como cuidar da família é solução possibilitada pela costura, além garantir a renda necessária para o próprio sustento e de colaborar com o orçamento doméstico.

Guerreiras

A presidente da Ascap, Salvelina Pereira Roldão, deu um belíssimo exemplo de que a determinação é ingrediente essencial para a superação das dificuldades impostas pela vida. Os depoimentos de cada mulher foram emocionantes. Relatos de violência doméstica, de perda de emprego e de oportunidades, e de decepções que tornaram amargas as diferentes fases da vida. Várias sofreram, ou ainda sofrem, com a depressão decorrente do acúmulo dos momentos desagradáveis. Mas elas não se deixaram abater pelas dificuldades do cotidiano, lutaram para superar os transtornos emocionais e seguem na batalha por dias melhores. Mulheres guerreiras, que se revelaram prontas para vencer os desafios e tecer um futuro mais promissor a partir do curso de costura.

Embora as histórias de vida tenham sido impactantes, a tarde do sábado (12/3) foi de alegria e muitos risos. Um ambiente leve, emoldurado pela confiança e pela esperança de dias melhores. 

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