Nos primeiros 10 meses deste ano, ocorreram 38 atentados e 31 feminicídios no Distrito Federal. Dezenas de crianças e adolescentes perderam as mães e as famílias ficaram enlutadas com a brutalidade masculina. Os homens — companheiros ou ex-parceiros —, se sentem proprietários da mulher, como se ela fosse um objeto que se compra em qualquer loja do varejo.
Guiados pelo machismo, eles não reconhecem a mulher como ser humano, uma parceira das horas boas e ruins. Ela é um objeto de sua propriedade. As políticas públicas têm sido ineficazes e insuficientes para conter o feminicídio, um crime contra a mulher por ela ser mulher. Até quando continuaremos vendo mulheres serem abatidas pelo machismo?
O Brasil registrou, no primeiro semestre deste ano, o maior número de feminicídios desde 2019. Foram 722 casos entre janeiro e junho de 2023, 2,6% maior do que as 704 ocorrências do crime no primeiro semestre de 2022, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Os dados do Laboratório de Estudos de Feminicídios (LESFEM) informam que foram 1.153 casos de janeiro a julho deste ano. A maioria das mulheres mortas são negras, segundo todas as instituições que tratam do tema e estão engajadas na defesa dos direitos femininos
Não é mais possível ignorar essa tragédia. É preciso mais solidariedade no universo femininino. Despertar em cada mulher a sororidade e ter convicção de que em briga de marido e mulher “é preciso meter a colher”. Para denunciar agressões e outros crimes, basta ligar para a Central de Atendimento à Mulher: Disque 180, ou para o Disque 190 e peça a ajuda da Polícia Militar para salvar a vida daquela que está sendo agredida.
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