CAMINHADA SOLIDÁRIA: Repartindo a generosidade

Alimentos doados pelo Movimento Maria Cláudia pela Paz foram entregues a ONG Vida, Sol Nascente, que atende a cera de 300 famílias em situação de vulnerabilidade social e econômica

 É bem provável que não tenhamos a menor ideia do que ocorre na periferia do Distrito Federal, mas especificamente na região entre Ceilândia e Sol Nascente. Diante do noticiário e de alguns depoimentos, suspeitamos que é uma zona perigosa, onde a violência é padrão no cotidiano das pessoas. Não é bem assim. Lá vivem pessoas que buscam trabalho, têm uma vida bem modesta, jovens que estudam e se esforçam para alcançar melhores condições de vida.

Além de alimentos, a Ascap entregou roupas à ONG Vida. Luan, 3 anos, neto de Celma fez a vistoria da doação
Além de alimentos, a Ascap entregou roupas. Luan, 3 anos, neto de Celma fez a vistoria das doações

No início da tarde deste sábado (18/1), a Ação Caminheiros de Antônio de
Pádua entregou 10 cestas de alimentos e panetones, uma doação do Movimento Maria Cláudia pela Paz, instituição que sempre contribui com as iniciativas da Ascap, merecedora de muita gratidão. Repassamos a doação à dirigente da ONG Vida, Celma Pedro. Celma festejou a chegada de mais alimentos. Disse que entregaria às mulheres que não foram contempladas na primeira visita. Faltaram 20 cestas para atender todos. Diferentemente da primeira visita, em 5 de janeiro deste ano, dessa vez paramos — Suzy e Rosane — para ouvir de Celma sobre as tragédias que habitam o local. Há várias décadas no local, ela, nascida em Taguatinga, acabou morando na região. Ali, ela se dedica a acolher e ajudar pessoas em situação extrema de vulnerabilidade socioeconômica. “Eu amo ajudar as pessoas”, diz Celma, uma mulher bem simples, cuja trajetória de vida é marcada por muitas dificuldades e superação de episódios dolorosos, que deixaram marcas profundas na sua jornada. Dos seis filhos que teve, dois foram vítimas da violência urbana. “Você não imagina a dor, que não passa nunca, de ter dois filhos assassinados”, afirma. A ONG Vida conta com a ajuda de alguns parceiros da Feira dos Produtores, que ofertam algumas frutas, tomates e legumes, divididos entre as famílias cadastradas por Celma. São cerca de 300 famílias que vivem com dificuldades. Boa parte delas vive na Cachoeirinha, dividida em lotes das chácaras.
Além de se preocupar com a segurança alimentar das famílias, Celma lamenta a situação da maioria das mulheres que estão desempregadas, várias com baixa escolaridade. Outras ainda sofrem com violência doméstica, foram vítimas de violência sexual e outras agressões. Preocupa-se também com jovens que têm dependência química.

Celma vive com as próprias dores, mas é muito solidária e busca amenizar as de outras mulheres que sofrem. No encontro, propusemos uma parceria com a ONG Vida. À medida que a Ascap conseguir financiamentos para novos cursos, será aberto um percentual de vagas para as mulheres e jovens cadastrados pela ONG Vida. Até lá, vamos, juntos, tentar criar iniciativas que possam atender as necessidades dos menos favorecidos e, ao mesmo tempo, fortalecer e dignificar as duas instituições.


Comentários

  1. Parabéns aos membros da ASCAP pela seriedade e compromisso para com aqueles que necessitam de uma mão estendida.

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  2. Dignificante a atuação da ASCAP.

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  3. A iniciativa da instituição ASCAP é sensacional além de ajudar as familias que fazem parte da ASCAP ainda tem um olhar humanizado para outros territórios. Fazer o bem, transformar vidas.

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  4. Ajudem doem,faça que alguém poça fazer por vc,precisamos de fraldas geriatrica e bebê,alimento ,mochilas e material escolar e material de higiemizacao roupas e brinquedos usados,ajude a quem tem fome e frio.@projeto.ongvida
    Gratidão a dona Rosana e ascao.

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