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Resgatado expressa gratidão à Ascap

Piter, de boné, e a equipe da Ascap (Foto: arquivo do Correio Braziliense) Em janeiro de 2018, em meio a uma ação com moradores em situação de rua, para distribuição de sopa e agasalhos, os voluntários da Ascap encontraram Piter de Oliveira Meris, 39 anos, casado e nascido em São Paulo. Ele chegou ao Distrito Federal para tentar se livrar da dependência química. Na instituição em que estava, nada deu certo. Ela saiu e foi para as ruas. Há mais de um mês tentava contato com a família e não havia conseguido.  Tapeceiro, Piter pediu ajuda ao grupo. Na mesma hora, os voluntários colocaram ele em contato com a mulher. Era o início do resgate para o reencontro com a família. Leda não sabia mais o que fazer para localizar o marido. Telefonou para clínica, onde Piter estaria internado, e soube que ele havia saído de lá. Ela não sabia mais como encontrá-lo.  Os voluntários decidiram fazer uma vaquinha para comprar passagem e roupas para Piter. Faltavam os documentos pessoais dele. No dia segui

Equidade de Gênero: Brasília, uma cidade insegura para a mulher

O Distrito Federal é a segunda unidade da Federação em número de casos de violência doméstica e feminicídio e ocupa a quinta posição em número de estupros Link da Roda de Conversa Ser mulher no Brasil — e na maioria dos países — é um risco permanente.  A legislação específica contra a violência por gênero — Lei Maria da Penha e a do feminicídio — inibiu muito pouco as agressões contra as mulheres no país, embora sejam instrumentos importantes para conter a impunidade. O 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, recém-divulgado, mostra que Brasília é a segunda capital com o maior número de casos de violência doméstica e feminicídio, e a quinta em número de estupros. Na capital federal, foram registrados, em 2019, 16.549 casos  de agressões no ambiente familiar, aumento de 7,1% na comparação com 2018. Ocorreram 33 feminicídios ante os 28 casos no ano anterior. Brasília fica atrás só de São Paulo, com 44 ocorrências em 2019. Aumentaram também os casos de feminicídio: 33 contra 28 em 20

Equidade de gênero e as iniquidades contra a população LGBTI

LINK:  ENTREVISTA Quando se fala em equidade de gênero, a primeira ideia que vem à mente é a relação entre homem e mulher. Não à toa. A mulher tem sido vítima secular de violência masculina e depreciada das mais diferentes formas. Mas não só ela. A parcela LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais) também é alvo de agressão, preconceito e discriminação. Mulheres e homens, independentemente da identidade de gênero ou orientação sexual, são pessoas. Antes de mais nada, merecem respeito como seres humanos. É preciso reconhecer a contribuição que dão ao desenvolvimento de uma sociedade pelas suas competências e potencialidades. No elenco de atividades previstas no desenvolvimento do Projeto M+H: jovens contra a violência , entrevistamos a publicitária Lydmilla Santiago , ativista do movimento social pelos direitos humanos, mulheres, igualdade racial, LGBT e outras minorias; colaboradora da Associação Nacional de Travestis e Transexuais; e o tradutor de Li

Entrevista: Violência moral e seus reflexos

  Assista à entrevista com a advogada Iara Lobo e saiba se defender desse tipo de agressão Em mais uma atividade do Projeto M+H (mulher + homem): jovens contra a violência , voltado à equidade de gênero, foi ao ar, na noite de sábado (3/10), pelo canal da Ascap, no YouTube ( ascapbsb ), a entrevistas com a advogada Iara Lobo, sobre Violência moral e seus reflexos .   Ela é uma profissional dedicada às causas humanitárias, à defesa dos direitos das mulheres, das vítimas de violência e uma colaboradora da Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua (Ascap). Iara Lobo esteve na primeira equipe que atuou na Casa da Mulher Brasileira, inaugurada no Distrito Federal. Antes, ela participou também da primeira formação da Subsecretaria de Proteção às Vítimas de Violência (ProVítima), ligada à Secretaria de Justiça de DF. Para ela, informação é essencial. Por isso, defende a importância de mulheres e homens conhecerem a legislação existente sobre seus direitos e como buscá-los, por meio da d

Ascap tem nova diretoria

A Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua tem nova diretoria, presidida por Salvelina Pereira Roldão Cabral, eleita por unanimidade pelos sócios natos da instituição. Dedicada e sempre parceira de todas as iniciativas, ela chega ao cargo cheia de ânimo e ideias para conduzir a instituição. Em seu primeiro depoimento para o blogue, Salvelina, ou Salve como também é chamada, é uma paraibana, que chegou ao DF há 45 anos, dos quais 20 como moradora de Ceilândia. Ela tem muita fibra e uma fé inabalável em Deus. Otimista não se curva às dificuldades da vida, sempre com certeza de que as barreiras serão superadas, mais cedo ou mais tarde. No seu depoimento, ela pede a colaboração de todos para que a Ascap possa desenvolver muitas iniciativas em favor da sua clientela, hoje concentrada na borda de Ceilândia e no Setor Habitacional Sol Nascente. Avessa ao assistencialismo, Salvelina propõe um conjunto de oficinas e cursos que propiciem o crescimento social e econômico, principalmente das

Roda de conversa: equidade de gênero e machismo

No próximo dia 15, às 20h30, pela plataforma Zoom,  a Ascap promoverá roda de conversa para discutir o tema Equidade de Gênero e Machismo . O convidado para esse bate-papo é o psicólogo e mestre em saúde pública Rafael Gonçalves, membro da diretoria do Conselho Regional de Psicologia (CRP-DF). Ele integra a Comissão de Gênero, Feminicídio e Direitos Reprodutivos, trabalha na Assistência Social do Distrito Federal e compõe o Conselho Diretor da Rede Homens em Conexão, além de ser um cocriador do Masculinities — educação, comunicação e cuidado entre homens. A roda de conversa é mais uma atividade do Projeto M+H (mulher mais homem): Jovens contra a violência , apoiado pelos institutos Caixa Seguradora e Promundo. A equidade de gênero não deve ser uma bandeira exclusiva do universo feminino. Mudar o comportamento agressivo, típico do machismo,  impõe participação masculina. Convidar o psicólogo Rafael Gonçalves busca trazer para a equipe e para a sociedade entendimentos diversos sobre o en

Pilares da cultura de paz

Assista ao vídeo Neste ano, no Distrito Federal, foram registrados oito casos de feminicídio, um crime hediondo, quando a mulher é morta por ser mulher. Os episódios de violência sexual (estupros de adultos e de crianças e adolescentes, e importunação) somaram 265. As agressões domésticas (espancamento, humilhação moral, coação, tortura psicológica e outras) totalizaram 7.639, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública da capital federal. Nem mesmo a pandemia pelo novo coronavírus reduziu, de modo expressivo, a violência. Além do vírus, a mortalidade por armas de fogo, armas brancas ou agressões continua crescente. Os dados sugerem que as relações entre homens e mulheres estão indo de mal a pior. Entre as causas, o machismo tem sido o gatilho que dispara a fúria entre os homens. O equivocado entendimento de que o homem é superior à mulher, consolidou a ideia de que ela tem de ser subalterna à vontade masculina. A mulher ainda é considerada um objeto de propriedade do namorado, co

Inscrição aberta para Workshop de Hip Hop

Está aberta a inscrição para o Workshop de Hip Hop. O curso é gratuito e a aula inaugural será em 10 de setembro, às 18h, no pátio da Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua (Ascap), na EQNO 1/3, Lote A, Área Especial, Setor O, Ceilândia Norte.  O curso será ministrado pelo professor Willocking , com um currículo invejável como docente de dança. A iniciativa é mais uma etapa do Projeto M+H (Mulher + Homem): Juventude contra a violência , voltado à equidade de gênero, com apoio dos institutos Caixa Seguradora e Promundo. Nessa etapa, o público-alvo são jovens, na faixa etária entre 16 e 29 anos. O Projeto M+H tem, entre seus objetivos, a desconstrução do machismo, um dos gatilhos da violência doméstica e de atos extremos, como o feminicídio, com base em metodologia social, desenvolvida pelo Instituto Promundo. Quem estiver interessado preencha a ficha de inscrição . Dúvidas? Envie para o e-mail: inscricaoascapcultural@gmail.com ou pelo WhatsApp: (61) 9 9463-4726.   Orige

O que é ser pai?

  Hoje é Dia dos Pais. Temos muito que agradecer a todos eles, pois permitiram-nos que viéssemos à vida. É muito fácil dizer   “feliz dia dos pais” e é que a Ascap, sinceramente, deseja a todos os homens que realmente sejam felizes ao lado de seus filhos e mulher. Para festejar este dia, trazemos um breve vídeo, que fala do surgimento da data e o que significa ser pai. Assistam ao vídeo criado pelo Instituto Promundo e aceite o desafio. Pode enviar suas respostas por aqui, em texto, áudio ou vídeo.

Dinheiro e juventude é tema de fórum em 12 de agosto

Na próxima quarta-feira 12 de agosto é  Dia Mundial da Juventude . Para marcar a data e seguindo o propósito do Instituto Caixa Seguradora de promover a autonomia da juventude, realizará, em parceria com O Impact Hub Brasilia, o 2º Fórum Dinheiro e Juventude.  Todas as informações estão no link : https://drive.google.com/drive/folders/1mmevmi0lroGIoVq9CA-ZtgLk4FwTrmpy   2º FÓRUM DINHEIRO E JUVENTUDE É preciso e possível criar espaço para discutir e apresentar conteúdos e informações sobre finanças para a juventude. Com conhecimento do fluxo e estrutura financeira, os jovens podem realizar seus projetos, objetivos e empreendimentos que resolvem problemas sociais sistêmicos, gerando oportunidades e renda. Nós convidamos você a participar desta jornada com a gente!   PROGRAMAÇÃO 10h — ABERTURA Alice Scartezini — Instituto Caixa Seguradora e Deise Nicoletto — Impact Hub Brasília 10h15 — PAINEL 1: Influenciar para Multiplicar | Influencers do Programa Lab Financeiro : Antônio Furt

Equidade de gênero e terapia comunitária

A terapia comunitária integrativa vem sendo usada na Roda de Conversa Bem Mais Mulher — Eu faço meu destino, um projeto iniciado pela Ascap no fim de 2017. Entre os seus objetivos iniciais, estava a ideia de abrir um espaço de exercício de fala para as mulheres da preferia. Muitas foram vítimas de violência doméstica e, por motivos diversos, continuavam vivendo com o agressor. Além disso, era preciso identificar as principais necessidades delas, uma vez que a maioria era atendida pelas atividades sociais da instituição, como beneficiárias de cestas de alimentos, roupas e agasalhos. Então, a diretoria eleita em agosto de 2017, queria identificar como poderia modificar essa realidade. Para isso, era preciso ouvir as mulheres, identificar potencialidades e construir projetos de acordo com o desejo do grupo, por entender que decisões verticais não despertam interesses. Ou seja, a construção de uma proposta de ação deveria ser coletiva. O desenvolvimento do projeto, desde o início, contou

Taquinho alegra Juliana

Hoje, a benevolência de um coração caridoso fez uma mulher sorrir. Juliana Raquel ( foto ), mãe de cinco filhos, desempregada, recebeu um tanquinho, que vai ajudá-la a ter um pouco mais de renda. Durante a semana, ela fez o apelo à Ascap, pois estava conseguindo um pouco mais de dinheiros com a lavagem de roupa. A quebra do seu instrumento de trabalho a deixou muito nervosa e triste.   Juliana ficou muito emocionada com a chegada do tanquinho na sua casa. Feliz, ela agradeceu muito o donativo. Ela, bem como várias outras mulheres do Setor Habitacional do Sol Nascente, enfrenta sérias dificuldades. A maioria perdeu o emprego devido à pandemia do novo coronavírus. Não tem sido fácil sequer conseguir um trabalho eventual, o que torna a vida difícil muito pior. A diretoria da Ascap lançou o apelo nas redes sociais. Em poucos minutos, veio a resposta que tanto todos queriam. Luciene Marinho de Morais, residente em Vicente Pires, avisou que alguém da Ascap poderia ir a sua residência pegar o

À espera de uma morada digna

A estrutura precária do barraco passa a ideia de que, a qualquer momento, tudo vai desabar Você, em algum momento, imaginou viver num barraco, com tábuas desencontradas, por onde o frio da madrugada tem trânsito livre? Você se imaginou passar dias e noites com medo de tudo desabar a qualquer momento sobre seus filhos? Ou ficar exposto à insanidade de algum aloprado que, sem motivo, resolve incendiar o seu tosco abrigo?  Ou — quem sabe — cometer desatinos irreparáveis? Provavelmente, nenhuma dessas ideias passou pela sua cabeça. Melhor: você nunca se viu morando com tamanha precariedade. Silvanir de Souza também não imaginou que depois de 31 anos na capital federal passasse por essa situação, com cinco filhos — o caçula tem 2 anos e três meses, e a mais velha, com 14. Ela chegou até o sétimo do ano do ensino fundamental. O marido, até pouco tempo, trabalhava na limpeza de um shopping. Mas tudo mudou com a pandemia do novo coronavírus. O marido, chegou ao penúltimo ano do ensino médi