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Dia Internacional da Mulher: fibra que produz o tecido social

Hoje, 8 de março, Dia Internacional da Mulher é momento de parabenizar a força feminina pela sua capacidade de resistência, pela sua na luta cotidiana por equidade, pela sua energia de seguir em frente e superar barreiras, preconceitos e violência. Vive-se um momento de retrocessos, de perdas de conquistas e de desprezo. Os que comandam o poder público defendem a subserviência da mulher aos homens. Ignoram a violência e pouco se importam com o avanço do feminícidio, que suprime a vida da mulher só por ser mulher.  Mas é a fibra feminina que produz o tecido social.  Dia 8 de março é momento de recarregar as energias, certa de que o dia seguinte será de continuidade da luta, que parece não ter fim. Mas é dia também de colher, receber e dar flores e ser homenageada com poesia. Por que não? Então, veja o que escreveu a poetisa, atriz, escritora, cantora Elisa Lucinda, uma ativista pelos direitos das mulheres. SAFENA _________________ Elisa Lucinda Sabe o que é um coração amar ao máximo de

Equidade: uma construção para mulheres e homens

A ENTREVISTA Encerradas as eleições municipais, as mulheres cresceu o número de mulheres que decidiram disputar espaço na política.   As candidaturas femininas somaram 187.029 (33,6%) e as masculinas 370.377 (66,4%). Entre elas, 22 mil eram donas de casa. Apesar da desigualdade, 9.196 (12%) mulheres foram eleitas vereadores contra 48.265 homens para as câmaras legislativas municipais. Para as prefeituras, só 8 delas conseguiram se eleger, sendo uma para a capital — é o caso de Palmas, capital de Tocantins Os números mostram que os homens mantêm o protagonismo na política, apesar de as mulheres comporem 52% do eleitorado. Neste ano, o cenário só não foi pior devido à intervenção da Justiça Eleitoral, que ficou atenta aos artifícios de boicote à participação das mulheres. Apesar dessa desigualdade, o oposto da equidade que deveria ser, no Congresso há um movimento para reduzir a cota de 30% destinada às candidaturas femininas. Como garantir equidade entre homens e mulheres? Além da quest

Terapia Comunitária Integrativa e a equidade de gênero

ENTREVISTA Hoje, em mais uma atividade do Projeto M+H: Jovens contra a  violência, que tem o apoio do Instituto Caixa Seguradora e Instituto Promundo, conversamos com o professor Adalberto Barreto, da Universidade Federal do Ceará, PhD, doutor em psiquiatria pela Universidade René Descartes, em Paris, e criador da metodologia da Terapia Comunitária Integrativa, genuinamente brasileira, que tem atraído a atenção de especialistas e sendo aplicada em território nacional à medida que avança a formação de pessoas interessadas pelo tema ou que foram beneficiados pela TCI. A metodologia e está presente em 25 países. Em 2017, foi inserida no rol das Prática Integrativas Complementares do Sistema Único de Saúde e incorporada aos cursos de capacitação em prevenção do uso de drogas ofertados pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad). "A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) é um espaço comunitário aberto a todos interessados, onde as pessoas se encontram para compartilhar experiências de v

Inaugurado o serviço de assistência jurídica gratuita

Sábado, 14 de novembro de 2020. Uma data que entrou na história da Ascap. Pela primeira vez, a instituição teve uma agenda de atendimento jurídico para a comunidade. Foram atendidas cinco pessoas que buscam seus direitos ou solução para dificuldades que dependem da Justiça, como obtenção do Benefício de Prestação Continuada (BPC) na Previdência Social; aposentadoria; separação matrimonial; recuperação de identidade civil; e inventário de partilha de bens. As mulheres, como previsto, foram a maioria na inauguração do novo serviço. O atendimento foi feito pelo voluntário e integrante da equipe do Projeto M+H: Jovens contra a violência, Marcelo Fernandes, que tem dado expressivas contribuições ao trabalho realizado pela Ascap. A parceria com a organização Ajuda Legal  ( www.ajudalegal.org ), e reúne, além de advogados, profissionais de diferentes atividades, veio para suprir essa necessidade há muito identificada pela Ascap entre pessoas e famílias carentes que vivem em Ceilândia e no S

Entrevista: Olhares femininos: o avesso e os direitos

E m mais uma entrevista, como atividade do projeto M+H (mulher + homem): Jovens contra violência , apoiado pelos institutos Caixa Seguradora e Promundo, com foco na equidade de gênero, conversamos com a professora e mestre em história Cláudia Guerra , da Universidade Federal de Uberlândia (MG), que generosamente abriu um espaço na sua agenda, como candidata a cargo eletivo, para compartilhar com todos nós conhecimento e experiência como ativista em movimentos de mulheres. Ela faz uma releitura dos avanços e retrocessos na constante luta feminina pela equidade de gênero, ao abordar o tema Olhares femininos: o avesso e os direitos.   O patriarcalismo, ainda impera, no país. Os homens ainda se sentem superiores às mulheres, as “coisificam” e as tratam como objetos de sua propriedade. O machismo é cultura nociva, que relega o respeito entre as pessoas, sobretudo na questão de gênero, um plano inferior. Os direitos das mulheres são conquistados a conta gota.   A falta de equidade de gê

Parceria entre Ascap e Ajuda Legal garante assistência jurídica gratuita

Mãos unidas pela construção do bem-comum: Ajuda Legal e Ascap   “Sonho que se sonha só/ É só um sonho que se sonha só/ Mas sonho que se sonha junto é realidade”, escreveu e cantou o músico Raul Seixas. A Ascap sonhou junto e o que era só desejo virou realidade. Na sexta-feira (6/11), foi assinado o Termo de Parceria entre a Ascap e organização social sem fins lucrativos Ajuda Legal ( www.ajudalegal.org ), que permitirá oferecer atendimento jurídico gratuito às pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica, residentes em Ceilândia e Sol Nascente, renda familiar mensal de até R$ 2 mil e atendidas pela Ação Social. O encontro das duas organizações o início dos entendimentos para a parceria ocorreu depois da entrevista com a advogada Iara Lobo, amiga de todas as horas da Ascap, levada ao ar no em 3 de outubro, pelo canal da Ascapbsb, no Youtube — atividade do Projeto M+H: Jovens contra a violência, apoiado pelos institutos Caixa Seguradora e Promundo.  Um integrante da Ajuda Le

Equidade de gênero na periferia

A precariedade das condições de vida dos moradores da periferia torna real as desigualdades sociais e econômicas de grande parcela da sociedade. Na luta pela sobrevivência, as mulheres levantam muito cedo para trabalhar e dormem muito tarde. Além do trabalho, elas têm as tarefas domésticas: lavar, passar, cozinhar, limpar, cuidar dos filhos e do marido ou companheiro. Um tripla e desgastante jornada. O esforço, na maioria das vezes, não reconhecido. Ela ainda corre o risco de ser a próxima vítima de violência dentro ou fora de casa. Não há como discutir equidade de gênero, sem a percepção dessa dura realidade de milhares de mulheres. Os homens, muitas vezes, autores das agressões, também precisam ser vistos com outro olhar. Eles são, igualmente, afetados pelas dificuldades do dia a dia, num ambiente sem acesso a serviços e a políticas públicas que poderiam garantir bem-estar para ele e para a família. Esse caldo de iniquidades afeta a saúde física, mental, emocional e leva reprodução

VIOLÊNCIA: desrespeito ao "não" é estupro

Foto: Twitter Não é não. Quando uma mulher diz "não", ela tem que ser respeitada. Ela disse "não" à relação sexual. Quando o parceiro, o namorado, o marido,  seja lá quem for, rejeita o "não" e consuma o ato sexual, ele está cometendo o hediondo estupro.  O caso Mariana Ferrer, 23 anos, promotora de eventos, deixou brasileiros e até autoridades do Judiciário estarrecidos e indignados. Ela foi estuprada em dezembro de 2018 pelo empresário André de Camargo Aranha durante uma festa. A moça alega que disse "não" ao assédio do empresário e que estava dopada — sem pleno domínio da  sua consciência. André Aranha ignorou o "não" e a estuprou.  Durante o julgamento, Mariana foi   humilhada pelo advogado do empresário, Cláudio Gastão da Rosa Filho, um do  mais caros de Santa Catarina e que atuou na defesa de grandes empresas no ramo da comunicação. Ele [exibiu fotos, consideradas sensuais" , da jovem, obtidas pela Instagram e outras mídias s

Ascap lança o Brechó Solidário

  A Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua (Ascap) inaugura, nesta quarta-feira (4 de novembro) o seu Brechó Solidário . Repleto de bijuterias e semijoias... Os preços são de cair o queixo... Tudo muito baratinho pra você, amigos e familiares. A ideia veio depois que algumas pessoas disseram que gostariam de participar de alguma ação solidária que contribuísse com aqueles que pouco ou nada têm. Muita gente ficou sensível à dor e ao sofrimento daqueles que estão enfrentando grandes apuros  devido à pandemia do novo coronavírus. Então, decidimos arranjar um companheiro para o Bazar Solidário. Produzimos o Brechó Solidário . A cada compra você estará fazendo um exercício de solidariedade. Toda a arrecadação do Brechó será destinada à compra de gêneros alimentícios, à sustentação de projetos e atividades voltados às pessoas em situação vulnerabilidade social e econômica. Você pode colaborar com a Ascap fazendo compras por meio do Instagram   ou do  Facebook Eis, portanto, a sua chan

Resgatado expressa gratidão à Ascap

Piter, de boné, e a equipe da Ascap (Foto: arquivo do Correio Braziliense) Em janeiro de 2018, em meio a uma ação com moradores em situação de rua, para distribuição de sopa e agasalhos, os voluntários da Ascap encontraram Piter de Oliveira Meris, 39 anos, casado e nascido em São Paulo. Ele chegou ao Distrito Federal para tentar se livrar da dependência química. Na instituição em que estava, nada deu certo. Ela saiu e foi para as ruas. Há mais de um mês tentava contato com a família e não havia conseguido.  Tapeceiro, Piter pediu ajuda ao grupo. Na mesma hora, os voluntários colocaram ele em contato com a mulher. Era o início do resgate para o reencontro com a família. Leda não sabia mais o que fazer para localizar o marido. Telefonou para clínica, onde Piter estaria internado, e soube que ele havia saído de lá. Ela não sabia mais como encontrá-lo.  Os voluntários decidiram fazer uma vaquinha para comprar passagem e roupas para Piter. Faltavam os documentos pessoais dele. No dia segui

Equidade de Gênero: Brasília, uma cidade insegura para a mulher

O Distrito Federal é a segunda unidade da Federação em número de casos de violência doméstica e feminicídio e ocupa a quinta posição em número de estupros Link da Roda de Conversa Ser mulher no Brasil — e na maioria dos países — é um risco permanente.  A legislação específica contra a violência por gênero — Lei Maria da Penha e a do feminicídio — inibiu muito pouco as agressões contra as mulheres no país, embora sejam instrumentos importantes para conter a impunidade. O 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, recém-divulgado, mostra que Brasília é a segunda capital com o maior número de casos de violência doméstica e feminicídio, e a quinta em número de estupros. Na capital federal, foram registrados, em 2019, 16.549 casos  de agressões no ambiente familiar, aumento de 7,1% na comparação com 2018. Ocorreram 33 feminicídios ante os 28 casos no ano anterior. Brasília fica atrás só de São Paulo, com 44 ocorrências em 2019. Aumentaram também os casos de feminicídio: 33 contra 28 em 20

Equidade de gênero e as iniquidades contra a população LGBTI

LINK:  ENTREVISTA Quando se fala em equidade de gênero, a primeira ideia que vem à mente é a relação entre homem e mulher. Não à toa. A mulher tem sido vítima secular de violência masculina e depreciada das mais diferentes formas. Mas não só ela. A parcela LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais) também é alvo de agressão, preconceito e discriminação. Mulheres e homens, independentemente da identidade de gênero ou orientação sexual, são pessoas. Antes de mais nada, merecem respeito como seres humanos. É preciso reconhecer a contribuição que dão ao desenvolvimento de uma sociedade pelas suas competências e potencialidades. No elenco de atividades previstas no desenvolvimento do Projeto M+H: jovens contra a violência , entrevistamos a publicitária Lydmilla Santiago , ativista do movimento social pelos direitos humanos, mulheres, igualdade racial, LGBT e outras minorias; colaboradora da Associação Nacional de Travestis e Transexuais; e o tradutor de Li

Entrevista: Violência moral e seus reflexos

  Assista à entrevista com a advogada Iara Lobo e saiba se defender desse tipo de agressão Em mais uma atividade do Projeto M+H (mulher + homem): jovens contra a violência , voltado à equidade de gênero, foi ao ar, na noite de sábado (3/10), pelo canal da Ascap, no YouTube ( ascapbsb ), a entrevistas com a advogada Iara Lobo, sobre Violência moral e seus reflexos .   Ela é uma profissional dedicada às causas humanitárias, à defesa dos direitos das mulheres, das vítimas de violência e uma colaboradora da Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua (Ascap). Iara Lobo esteve na primeira equipe que atuou na Casa da Mulher Brasileira, inaugurada no Distrito Federal. Antes, ela participou também da primeira formação da Subsecretaria de Proteção às Vítimas de Violência (ProVítima), ligada à Secretaria de Justiça de DF. Para ela, informação é essencial. Por isso, defende a importância de mulheres e homens conhecerem a legislação existente sobre seus direitos e como buscá-los, por meio da d